segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A dor da ausência

Vocês sabem que perdi a pessoa mais importante da minha vida no fim do ano passado. 
Só de pensar que já vai completar um ano da morte da minha mãe me arrepio, não consigo aceitar, não consigo conformar. 

Que porra de vida é essa que tira a vida de uma mãe de família de 57 anos e deixa viver aos 90 um criminoso? 

Eu sei. Eu sei que não acontece comigo, todos os dias uma mãe morre e deixa seus filhos. Sim, acontece com muitos, mas a dor é individual. Única. Insuperável. Forte. Horrível. 

Eu tento por na minha cabeça que foi o melhor para ela. 
Sofreu muito fisicamente com as dores, uma amputação e o cansaço psicológico. 

Mas é tão... é tão... difícil aceitar que aos 18 anos eu perdi minha mãe e que terei de passar a vida toda sem ela ao meu lado. Vocês não fazem ideia do que é ter essa sensação. É ruim demais. 

Quando você tem sua mãe você tem um alicerce, uma fã, um colo, um apoio sempre que precisar e um amor infinito que supera todo e qualquer outro. 

...de repente não terei mais isso. De repente a pessoa que mais amava nesse mundo vai embora. De repente você se vê sozinho, sem sua maior motivadora. 

É doloroso demais. 
Não quero me fazer de vítima neste post. Quero apenas relatar o sofrimento que nós, que perdemos nossas rainhas, passamos. 

Se você está lendo esta postagem e também perdeu sua mãe, te desejo do fundo do meu coração todas as minhas condolências, porque eu sei o que é passar por isso. 

Mas de uma coisa eu tenho certeza: fui muito amado por essa mulher que com muito orgulho tive como mãe. E amei muito, beijei muito, apertei muito essa mulher honrada que hoje virou uma estrela. 

Mãe, a saudade dói demais. E é incurável. 
Quando a senhora me ver sorrindo, tentando me divertir, seja com meu pai ou com amigos, saiba que é por você. Que é por você que crio forças para continuar. A força que você teve para viver com essa maldita doença está servindo como inspiração para prosseguir. E servirá muito mais. 
Sua força e garra são exemplos para toda nossa família, mãe. 

Eu sei que falar tudo isso não vai trazer você de volta. E como eu queria que isso fosse possível viu. 
Essa é a vida, e como já disse, ela é não pra ser compreendida, mas vivida.

Mãe, Maria Aparecida de Oliveira ou dona Neném, apelido carinhosamente criado por nós, te amo demais. Muito mesmo. E espero sinceramente que esse amor chegue de alguma forma até você.

Mãe, cuida de mim, não me abandona, não. ♥

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